TIRADENTES
TIRADENTES,
POR QUE TU SÓ NÃO TIRAVAS DENTES?
POR QUE TU TINHAS ESSA MANIA DE TIRAR NOSSO MEDO?
MEDO DOS PORTUGUESES,
MEDO DA ESCRAVIDÃO,
MEDO DA DERRAMA QUE MATAVA TANTOS IRMÃOS.
AH, TIRADENTES,
POR QUE NÃO CONTINUASTES MASCATE?
PODERIAS VENDER LIVROS, TECIDOS OU REMÉDIOS CONTRA A DOR.
POR QUE AO INVÉS DE COLHER DINHEIRO,
TU FOSTE SEMEAR AMOR?
TU PODERIAS TER TIDO TUDO,
JÁ TINHAS UM BOM CORAÇÃO,
MAS O TEU PROBLEMA ERA SONHAR DEMAIS E VENDER ILUSÃO.
A LITERATURA, OS PALÁCIOS, TUDO O QUE TU QUERIAS
VER DIVIDIDO COM TEUS IRMÃOS,
PERMANECEM NAS MÃOS DE POUCOS
E MUITOS, MUITOS AINDA NÃO GANHAM NENHUM TOSTÃO.
AH, TIRADENTES DOS SONHOS ENFORCADOS,
DO CORPO ESQUARTEJADO E RIDICULARIZADO,
NÃO NOS DEIXASTE OUTRO LEGADO,
A NÃO SER O DE SONHAR E DE LUTAR
PARA QUE O NOSSO POVO NÃO SEJA EXPLORADO.
PROMETO QUE O TEMPO
NÃO ME FARÁ ESQUECER TEUS SONHOS
E QUE LEVAREI COMIGO QUEM FOI TIRADENTES...
“UM HOMEM QUE VENCEU O MEDO
PORQUE ACREDITOU NA IGUALDADE
E QUE MESMO TENDO MORRIDO SOZINHO
SEMEOU O SONHO DA NOSSA LIBERDADE”.
FIRMO MATOS
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
As Borboletas
Borboletas
O sonho de qualquer borboleta
É ser bailarina.
As azuis, as verdes, as brancas...
Todas dançam ao ritmo do vento,
Todas só têm um pensamento.
É lindo vê-las a bailar,
Saber que entre elas
Vaidade não há,
Inveja pra quê?
Todas sabem voar.
E que após cada grupo
Que se vai evoluindo
Todas as outras
Vão atrás bailando
E aplaudindo.
Firmo Matos
O sonho de qualquer borboleta
É ser bailarina.
As azuis, as verdes, as brancas...
Todas dançam ao ritmo do vento,
Todas só têm um pensamento.
É lindo vê-las a bailar,
Saber que entre elas
Vaidade não há,
Inveja pra quê?
Todas sabem voar.
E que após cada grupo
Que se vai evoluindo
Todas as outras
Vão atrás bailando
E aplaudindo.
Firmo Matos
Amor
AMOR
Deixe brotar a flor
Não tenha pressa.
Deixe vingar o nosso amor
Isso nos faz bem
É o que me interessa.
Deixe vir á luz
O ser que em te se transforma
Se hoje esse sorriso reluz
É porque o nosso amor se renova.
Sou teu, és minha.
Escolhemos uma estrada
Pela qual só se caminha
Quem vive em paz, amor...
E não teme a mais nada.
Deixe brotar a flor
Não tenha pressa.
Deixe vingar o nosso amor
Isso nos faz bem
É o que me interessa.
Deixe vir á luz
O ser que em te se transforma
Se hoje esse sorriso reluz
É porque o nosso amor se renova.
Sou teu, és minha.
Escolhemos uma estrada
Pela qual só se caminha
Quem vive em paz, amor...
E não teme a mais nada.
Sozinho
Sozinho
Sou uma criança que precisa de carinho
Meu pai me abandonou,
Minha mãe me ignorou
E agora eu tô sozinho.
Quem vai me ajudar?
Salvar meu coração?
Não quero ir pro crime,
Eu quero estudar,
Quero ser um cidadão!
Neste mundo, nesta vida
Vou andando sem saber
Procurando as saídas
Peço a Deus pra me dizer:
Quem vai me ajudar?
Salvar meu coração?
Não quero ir pro crime,
Eu quero estudar,
Quero ser um cidadão!
Firmo e Fernanda Matos
Moju, 12/01/2009.
Sou uma criança que precisa de carinho
Meu pai me abandonou,
Minha mãe me ignorou
E agora eu tô sozinho.
Quem vai me ajudar?
Salvar meu coração?
Não quero ir pro crime,
Eu quero estudar,
Quero ser um cidadão!
Neste mundo, nesta vida
Vou andando sem saber
Procurando as saídas
Peço a Deus pra me dizer:
Quem vai me ajudar?
Salvar meu coração?
Não quero ir pro crime,
Eu quero estudar,
Quero ser um cidadão!
Firmo e Fernanda Matos
Moju, 12/01/2009.
Volta
VOLTA
A distância e´um bichinho
Mordendo minha consciência.
Os teus olhos nos meus
Refletem saudade.
Sou da boca pra fora
O que queres na intimidade.
O meu peito ferve
Quando as palavras ditas
Não são verdades.
De verdade minhas mãos
Te procuram, passeiam.
Teu corpo estremece
E o teu beijo me vence.
Belém, 07/10/95
A distância e´um bichinho
Mordendo minha consciência.
Os teus olhos nos meus
Refletem saudade.
Sou da boca pra fora
O que queres na intimidade.
O meu peito ferve
Quando as palavras ditas
Não são verdades.
De verdade minhas mãos
Te procuram, passeiam.
Teu corpo estremece
E o teu beijo me vence.
Belém, 07/10/95
Quando escrevo
Quando escrevo
Quando escrevo, exponho minha’lma.
E me vejo estirado como um cadáver
Que já não guarda segredos
E já não busca por roupas,
Jóias ou detalhes.
Só escrevo por ser verdadeiro.
Mas o que é a verdade das palavras?
Imagino que seja a mesma
Dos mortos.
É, os mortos parecem santos e,
Cheios de virtudes para uns e
Para outros, porém, são pesadelos
Sem fim, cheios de erros
E sem regras.
E assim é o poema que faço
Por meio desse espírito
Que me leva a escrever
E viajar no imaginário
Das frases feitas e das palavras solitárias
Que vagam sem rumo.
Ele não me obriga
E nem me pede nada.
Eu apenas sigo o instinto
E o estímulo que me fora dado
Por esse espírito que estava
De folga no dia em que nasci.
MOJU: 11 de setembro de 2005.
Firmo Matos.
Quando escrevo, exponho minha’lma.
E me vejo estirado como um cadáver
Que já não guarda segredos
E já não busca por roupas,
Jóias ou detalhes.
Só escrevo por ser verdadeiro.
Mas o que é a verdade das palavras?
Imagino que seja a mesma
Dos mortos.
É, os mortos parecem santos e,
Cheios de virtudes para uns e
Para outros, porém, são pesadelos
Sem fim, cheios de erros
E sem regras.
E assim é o poema que faço
Por meio desse espírito
Que me leva a escrever
E viajar no imaginário
Das frases feitas e das palavras solitárias
Que vagam sem rumo.
Ele não me obriga
E nem me pede nada.
Eu apenas sigo o instinto
E o estímulo que me fora dado
Por esse espírito que estava
De folga no dia em que nasci.
MOJU: 11 de setembro de 2005.
Firmo Matos.
Pororoca
Pororoca
Ela voltou!
Depois de alguns anos.
Depois de quem chorou.
Sem aviso, sem planos.
Veio de mansinho,
No remanso da saudade,
Veio alegre no sorriso caboclo,
Veio rápida sem dizer a idade.
Olha, lá vem ela!
Vem a vida, o sonho.
Voltou a história de um povo
Veio na alegria do novo.
Subiu, subiu...
Mais um foguete que espoca
Viva a nossa vida
Seja bem-vinda pororoca.
Ela voltou!
Depois de alguns anos.
Depois de quem chorou.
Sem aviso, sem planos.
Veio de mansinho,
No remanso da saudade,
Veio alegre no sorriso caboclo,
Veio rápida sem dizer a idade.
Olha, lá vem ela!
Vem a vida, o sonho.
Voltou a história de um povo
Veio na alegria do novo.
Subiu, subiu...
Mais um foguete que espoca
Viva a nossa vida
Seja bem-vinda pororoca.
Elas
Elas
Se vão os nomes,
Os anos, os rostos.
Morenas, brancas, negras.
Ficam as pegadas,
As promessas
E mais nada.
20/04/98
Se vão os nomes,
Os anos, os rostos.
Morenas, brancas, negras.
Ficam as pegadas,
As promessas
E mais nada.
20/04/98
O Amor
O AMOR
O amor é uma rosa
Nascida no jardim
Da verdade.
Regada com ternura
E carinho.
Quem a souber cuidar,
Jamais sentirá
Seus espinhos.
Moju:04/04/98
O amor é uma rosa
Nascida no jardim
Da verdade.
Regada com ternura
E carinho.
Quem a souber cuidar,
Jamais sentirá
Seus espinhos.
Moju:04/04/98
Minha Rainha
Minha Rainha
Vejo a lua que me sorri
Parece estar feliz
Por coisas que não diz
Mas seu brilho flori.
Ó lua, por que és assim ?
Sempre atenta a tudo
Protegendo os namorados do mundo
Mas esqueces de mim.
Ó minha amiga, meu pensamento
Faça-me feliz um pouquinho
Jogue-me um raio de carinho
Puxe-me desse sofrimento.
Ó lua não me dê o amanhã
És minha fome, meu alimento
Por ti fiz mil juramentos
Não te quero como irmã.
Seja minha, ó rainha,
Amiga e companheira
Venha de mansinho, entre pela soleira
Se eu estiver dormindo
Apenas me beije
E serei feliz a vida inteira.
FIRMO MATOS
Moju
Vejo a lua que me sorri
Parece estar feliz
Por coisas que não diz
Mas seu brilho flori.
Ó lua, por que és assim ?
Sempre atenta a tudo
Protegendo os namorados do mundo
Mas esqueces de mim.
Ó minha amiga, meu pensamento
Faça-me feliz um pouquinho
Jogue-me um raio de carinho
Puxe-me desse sofrimento.
Ó lua não me dê o amanhã
És minha fome, meu alimento
Por ti fiz mil juramentos
Não te quero como irmã.
Seja minha, ó rainha,
Amiga e companheira
Venha de mansinho, entre pela soleira
Se eu estiver dormindo
Apenas me beije
E serei feliz a vida inteira.
FIRMO MATOS
Moju
Lua
LUA
Flor
Que brilha nas noites escuras
Do meu coração.
Que ilumina meus passos
Rumo a solidão.
Traga-me de volta o meu amor
Que se foi sem me dizer o porquê.
Este poema é em seu louvor
Só me restou você.
Rosa amarela
Que invade minha'lma
Que entra pela janela
Traga-me de volta minha amada
Faça-me feliz ao lado dela.
FIRMO MATOS
Moju, 06/08/2003
Flor
Que brilha nas noites escuras
Do meu coração.
Que ilumina meus passos
Rumo a solidão.
Traga-me de volta o meu amor
Que se foi sem me dizer o porquê.
Este poema é em seu louvor
Só me restou você.
Rosa amarela
Que invade minha'lma
Que entra pela janela
Traga-me de volta minha amada
Faça-me feliz ao lado dela.
FIRMO MATOS
Moju, 06/08/2003
A Poesia
A poesia
A poesia é que nem borboleta que sai por aí voando
E quando menos se espera pousa na cabeça da gente
E um vasto mundo multicolorido se abre ante nossos olhos
E nossos pensamentos então se transformam em palavras
Que lindas e leves darão origem a outras borboletas
Que sairão por aí voando...
Firmo Matos
Belém, 26/01/2009.
A poesia é que nem borboleta que sai por aí voando
E quando menos se espera pousa na cabeça da gente
E um vasto mundo multicolorido se abre ante nossos olhos
E nossos pensamentos então se transformam em palavras
Que lindas e leves darão origem a outras borboletas
Que sairão por aí voando...
Firmo Matos
Belém, 26/01/2009.
A Festa do Divino
A Festa do Divino
Procura, derruba e enfeita o Mastro.
Não é sacrifício levá-lo
E por onde passar deixar um rastro,
Rastro de Fé e de Esperança:
_ Viva o Divino!
_ Viva a festa do Divino!
Grita o velho, o novo e a criança.
É lindo ver os barcos a chegar,
Todos vem coloridos e
Movidos pela Fé,
Tanta distância coberta
Num Sol a pino,
Os fogos a subir...
É a chegada do Divino
Que com o povo Agora sai a caminhar,
Uns choram, outros agradecem
A tapioquinha, o leite, o café...
De todos os lados
O que vejo é só
Demonstração de Fé.
Os dias que seguem
São de muita oração
E muita festança,
O mastro fincado na praça
Renova a esperança,
O “Garanhão” solta mais fogos,
Brilha os olhos da criança.
_ Faz a fila e derruba o mastro!
_ Esse ano eu vou pegar a bandeira...!
Chega o fim da festa,
O fim da brincadeira,
Mas quem veio este ano,
Voltará a Moju a vida inteira.
Esta é a festa do Divino,
Festa do nosso povo
Que na segunda a tarde
Joga o mastro na maré
E qua agora espera um ano novo
Porque renovou
Sua Cultura e sua Fé.
Firmo Matos
Moju, 11/03/2006.
Procura, derruba e enfeita o Mastro.
Não é sacrifício levá-lo
E por onde passar deixar um rastro,
Rastro de Fé e de Esperança:
_ Viva o Divino!
_ Viva a festa do Divino!
Grita o velho, o novo e a criança.
É lindo ver os barcos a chegar,
Todos vem coloridos e
Movidos pela Fé,
Tanta distância coberta
Num Sol a pino,
Os fogos a subir...
É a chegada do Divino
Que com o povo Agora sai a caminhar,
Uns choram, outros agradecem
A tapioquinha, o leite, o café...
De todos os lados
O que vejo é só
Demonstração de Fé.
Os dias que seguem
São de muita oração
E muita festança,
O mastro fincado na praça
Renova a esperança,
O “Garanhão” solta mais fogos,
Brilha os olhos da criança.
_ Faz a fila e derruba o mastro!
_ Esse ano eu vou pegar a bandeira...!
Chega o fim da festa,
O fim da brincadeira,
Mas quem veio este ano,
Voltará a Moju a vida inteira.
Esta é a festa do Divino,
Festa do nosso povo
Que na segunda a tarde
Joga o mastro na maré
E qua agora espera um ano novo
Porque renovou
Sua Cultura e sua Fé.
Firmo Matos
Moju, 11/03/2006.
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